quinta-feira, 12 de abril de 2012

Adaptação e alimentação no CEI

MINI GRUPO II C

"Na educação infantil, o professor é um provedor de alimentos e colaborador ativo na construção de bons hábitos alimentares e de higiene. Cabe ao educador ajudar a criança a reconhecer suas necessidades, identificar suas preferências alimentares, conduzi-las de forma prazerosa para a conquista da autonomia, estimulando-a em suas iniciativas de comer sozinha e trazendo para o âmbito da escola, práticas sociais reais de qualidade".
                                                                                                                                 Elza Corsi

O momento de alimentação no CEI é um ótimo espaço para o exercício do cuidado, sendo uma prática contruída e aprendida no cotidiano, a partir das ações do professor enquanto modelo e referência para suas crianças. Cabe ao professor organizar o espaço, os materiais, oferecer elogios quando a criança toma iniciativas, reconhecer e explicitar que ela é capaz, propor desafios possíveis e construir uma rotina que previlegie o fazer.
Paulo
Beatriz
Sendo assim, começamos a refletir desde 2009, um forma de melhorar o momento de alimentação das crianças, levando sempre em consideração que este é um momento de aprendizagem, onde a criança possa aprender regras vigentes da sociedade.

"Os hábitos alimentares e culinários de um povo são a expressão de seu clima, geografia, história, economia, cultura e de seu jeito de perceber o mundo. As práticas alimentares permitem a criança ir construindo paulatinamente sua identidade individual e nacional, firmando-se como sujeito que possui e constrói uma história particular e coletiva".
                                                                                                                                 Elza Corsi

Iniciamos em 2009 proposta de garantir um espaço aconchegante e agradavél, confeccionando toalhas de mesa com a participação das famílias.
Já em 2010 inserimos os guardanapos, pois percebemos que as crianças no momento em que sujavam a boca ao se alimentarem, buscavam algo para limpá-la.
Em 2011 continuamos com olhar voltado a um momento de refeição que favoreça o desenvolvimento da criança estimulando sua autonomia. Portanto iniciamos um trabalho de reorganização do refeitório, de modo a favorecer a locomoção das crianças, para então começarmos com a proposta primeiramente com as crianças do mini grupo II de irem buscar seus pratos e guardá-los depois em seus devidos lugares.
No início de 2012, muitas dúvidas e insegurança, tanto por parte de nós professoras como também das crianças e familiares, pois é um momento de conhecer, estabelecer vínculos e principalmente confiança.
O primeiro passo foi o acolhimento das crianças que já eram do CEI, juntamente com as crianças recém matriculadas. Houve duas semanas de adaptação onde as mães puderam acompanhar a rotina e o trabalho de toda equipe do CEI, fortalecendo a relação de confiança entre a família e as professoras.
O próximo passo foi a adaptação das crianças com a nova rotina e seus desafios, principalmente no momento da refeição, onde as crianças foram estimuladas a pegarem suas refeições, como: o copo de leite no café da manhã, o prato com comida no almoço e se locomoverem até o lugar que escolhiam para sentar. Não percebi problema nenhum ao pegarem suas refeições, mas para levar as canecas e os pratos no lugar destinado ao terminarem, percebi muito medo e insegurança, alguns diziam que não queriam levar.
O aluno Paulo, sempre que eu pedia para que as crianças se organizassem para irmos ao refeitório, perguntava se eu o ajudaria a levar o prato  ou a caneca no devido lugar.




  

Na primeira semana de adaptação observei que as crianças comiam pouco. Algumas  crianças como o Paulo, a Letícia, o Carlos, o Vinícius  e a Isabella pegavam o jantar e logo jogavam fora. Já na semana seguinte, conhecendo melhor as crianças, fiz uma roda de conversa levantando o assunto e comunicando minha tristeza ao ver o desperdício. Fiz questão de demonstrar o quanto ficava triste por não jantarem. Perguntei então o que eles gostavam de comer, e o que não gostavam. Relembramos então a importância de se alimentar e não desperdiçar comida. As crianças acrescentaram que é importante comer para ficar "forte" e "bonito".
Já no jantar pude ver o resultado da conversa.
   









"A construção de um paladar eclético, nas crianças só será possível se a Educação Infantil planejar cuidadosamente as experiências alimentares. As variações das preparações e dos alimentos, a qualidade dos produtos, a apresentação dos pratos de forma agradável e bonita e o estimulo da professora são facilitadores para que a criança enfrente este desafio que é experimentar o desconhecido, o novo". 
                                                                                                                                 Elza Corsi
Professoras Renata e Angela
  

Um comentário:

  1. Venho por meio deste: agradecer as Professoras e toda a equipe do 'CEI JARDIM VILA CARRÂO' pelo trabalho e dedicação pelo desenvolvimento de nossas crianças...desde já fico muito agradecido por tudo,contamos com vocÊs.

    Atenciosamente: Pai. Marlon Oliveira (Isabella de Souza Oliveira) + 1 vez Parabens aos Profª> Renata e Angela.

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